Sobre o Projeto
“Vale do Taquari: uma história de longa duração” é um projeto centrado na difusão do conhecimento científico. Este website, o principal produto do projeto, tem o objetivo de contar a história antiga e de longa duração do Vale do Taquari.
Pensado para ser acessível e informativo, sua missão é difundir temas como a história indígena, a história colonial e o patrimônio arqueológico e histórico da região, assuntos que, em geral, são menos conhecidos pela comunidade local.
Grande parte do seu conteúdo foi construído com as pesquisas desenvolvidas nas últimas duas décadas pelo Laboratório de Arqueologia do Museu de Ciências Univates. No entanto, pesquisas atualizadas desenvolvidas em outras instituições do Rio Grande do Sul, do Brasil e de países vizinhos também foram utilizadas. Assim, está amplamente amparado em fontes científicas e em inúmeros documentos históricos.
Idealizado por pesquisadores vinculados ao Laboratório de Arqueologia do Museu de Ciência da Univates, foi concretizado com o apoio da Lei Paulo Gustavo, a partir da aprovação no Edital SEDAC/LPG nº 11/2023 – Pesquisa, Registro e Memória – Secretaria de Estado da Cultura do Rio Grande do Sul.
Equipe







Laboratório de Arqueologia do Museu de Ciências Univates
O Laboratório de Arqueologia, hoje também conhecido como LABARQ, é vinculado ao Museu de Ciências Univates, e tem como sede a Universidade do Vale do Taquari (Univates). Foi criado no ano de 2000 pela professora Neli Galarce Machado, que desde então é a sua coordenadora.
As primeiras pesquisas foram voltadas ao mapeamento arqueológico do Vale do Taquari, o entendimento dos povos que habitaram a região no passado e a sua relação com as diferentes paisagens. Essas pesquisas iniciais resultaram na identificação, registro e escavação de dezenas de sítios arqueológicos. E nos mostraram que, muito antes da colonização europeia, a região foi ocupada por três levas distintas de povoadores: os Caçadores e Coletores, os Jê do Sul e os Guarani.
Com o passar do tempo, as pesquisas se tornaram mais complexas, aprofundadas e interdisciplinares, com estudos voltados ao entendimento dos modos de vidas dos povos, a cronologia e a distribuição espacial dos sítios, o manejo do ambiente, o cultivo de plantas, a dieta alimentar, o paleoclima e sua relação com as ocupações pré-coloniais. Pesquisas em sítios arqueológicos históricos, assim como a escrita da história dos escravizados e dos imigrantes europeus, também passaram a fazer parte da agenda do laboratório, proporcionando uma nova janela de conhecimento sobre o passado colonial do Vale do Taquari.
Além das pesquisas arqueológicas e históricas, o laboratório promove iniciativas de extensão e Educação Patrimonial. Entre elas, tem destaque o “Arqueólogo Por Um Dia”, um projeto dedicado a realizar oficinas teóricas e práticas em escolas da região, promovendo temas como arqueologia, história indígena e história regional.
Atualmente (2025), o laboratório possui três salas de análise e uma reserva técnica. Conta com pesquisadores experientes e bolsistas e estagiários em início de carreira. Suas pesquisas são apoiadas pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Histórico Nacional (IPHAN) e são financiadas por órgão de fomento nacional e estadual, como o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (FAPERGS).
O seu acervo é composto por 40.707 peças. Dessas, 28.800 são provenientes de pesquisas acadêmicas realizadas no Vale do Taquari, distribuídas entre sítios de caçadores e coletores (1.468 peças – 5,1%), sítios Guarani (25.303 peças – 87,9%), sítios Jê do Sul (1.473 peças – 5,1%) e sítios históricos (533 peças – 1,9%). Além do material acadêmico, no acervo também estão salvaguardadas 11.907 peças provenientes de doações de pessoas da comunidade, de outras instituições ou de endossos vinculados ao licenciamento ambiental.
Equipe












